quinta-feira, 8 de novembro de 2018

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Aquele tentou buscar a esperança no outro que o mal lhe provocou, contentamo-nos com o raro, aquela raridade que pertence a todos e somente àqueles que menos a procuram. As palavras por pequenas passagens são sentidas até no final do crepúsculo, tudo com o mínimo de sentimento,  tudo com máximo de dor.
Seguem os caminhos escritos na beleza dos olhares dos outros, continuam sem o toque de esguelha.
Perturbamos-nos, e com o mundo estamos a sós, vazio perante o decorrente. Marron faz de clara forma as cores deste texto, castanho outonal, que com as vibrantes cores das árvores, as vozes são ouvidas e o toque sentido, toque elegante e férvido.

Entre frases e parágrafos, tudo foi escrito de igual forma. O sentimento não muda, cansa e causa fadiga, inferioridade sentida por quem escreve.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O tempo gasta-se por si
Ele passa na noite fria e quente sem um cumprimentar
De longe vem, de perto fica na presença daquele que mais lhe teme
Recear o tempo é absurdo, algo inatural e pouco sã
Tudo num período sem interrupção se desvanece, em tão pouco tempo como em apenas nove meses nascemos.

Abri os olhos ao infinito, presente no sadio
Sanidade que me falta,  que me troca as palavras e de pouca certeza é criada a efemeridade desta vida.

Aquilo que desperta, de longe parece do bem, cria comigo laços e cresce como quem quer viver
Deixo a certeza pairar, descanso, com ela diminuta hesitação é sentida.

Deixo poucos entrarem, deixo e vejo partir na constatação do embriagado
Vão embora aqueles que ingressaram na vitalidade, num reduzido espaço de tempo
Na paisagem menos bucólica e esperançosa, ficam os precaves que é viver na longínqua mágoa de querer.

domingo, 30 de setembro de 2018

comparação

  
Comparação constante com o outro. Sofre como eu, apenas um outro ser, sem grande respostas do mundo e do universo. Contudo, considero-o superior, as suas virtudes maiores, constituído por grandes qualidades, das quais muito provavelmente não vou conseguir alcançar. Tem algo para se agarrar, algo em que se focar, eu fico-me pelo que não sou e gostaria de ser.
 Facto estúpido sobre mim, momentos passados nesta constante agonia, sem fim, sem rumo. Não existe objetivo, não me torna melhor pessoa ou mais feliz, perco a sensatez, aquela que me deixou faz muito tempo, fico sonâmbula na luz do dia. 
 Deixo que meras faces me afetem, não suporto o sentimento de inferioridade, com ele vivo durante um longo período de tempo. Com ele cresci e aprendi o abecedário, com ele fiz os primeiros amigos, com ele deixei os mais tóxicos. 
Vejo-me no espelho e declaro guerra comigo, com a minha imagem e pessoa, não compreendo tamanha admiração por parte dos outros.

Escrevo para desanuviar, tenho tarefas a cumprir, tarefas das quais não transfiro energia.
Foco-me mais no passado, toda a energia acumulada encontra-se lá. Passado que foi, porém passado que permanece.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

nirvana

Quase meio dia e a minha mente já questionou tudo aquilo que somos. Chega sempre à mesma conclusão, aquela mais compreensivel e constatável, aquela que mais sentido faz e lógica tem.
Sendo sempre o fim, o fim disto estranho que temos. Não posso continuar a dar esperanças a algo que não sei se sinto, que claramente é aquilo que sentes e queres. Ando uma pessoa fria e pouco sensível, o meu coração está cheio daquilo que podemos chamar de ódio, ódio por diversas fases da vida. A dor tornou-me amarga, de pensamento por vezes pareço mais velha do que aquilo que verdadeiramente sou.

Gostava de conhecer-me sem estas inseguranças, esta falta de amor próprio, perceber de verdade aquilo que sou e tenho para dar ao mundo. Agora, agora só dou aquilo que não quero dar, porém está fora do meu alcance não dar.




No universo paralelo acordo, tudo fluído sem grandes esquemas, atingia a utopia, aquela que não é visível a olho nu.  Entrava no nirvana, libertação pura da alma, dava graças aos meus dons, todos eles despertos.




Todos os dias atingia o clímax, grau máximo de tudo, muito mais intenso que qualquer orgasmo múltiplo. Era mais que pura carnal, a essência da vida era me percetível, a sabedoria adquirida, praticava a benevolência com o outro. Outro que era meu semelhante e pertencia ao meu eu.

Acordo a pensar tudo isto, sobretudo no nosso fim. Todavia não vou lutar por esse fim, vou deixar as coisas agirem de forma natural sem grandes expectativas. Contudo, sempre com o pensamento que mereces melhor, mereces alguém  que te aprecie e seja meigo contigo.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

memórias

                         
30/08/2018 2h26
Só penso nela. Grande parte tenta ignorá-la ou treme ao pensar nela. Fobia de muitos, para mim passou a ser pensamento constante.
A vida não é bela, acaba mais por ser parva, sem luz e brilho. Porém, não é só a minha mas a de todos, viver para quê?
Deixo passar. Então ultrapassei, e mais uma vez sozinha, sem ninguém. Deixo o muro cair e outro menos cinzento se constrói. Cumprimento sem mágoas, mas sempre sabendo que nada nos toca. Não nos tocamos.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

pensamentos

A minha terapia, venho para aqui contestar sobre os aborrecimentos da minha vida. Sendo todos eles tão pequenos quando comparados com os dos outros.
 Ao escrever isto, sinto que a minha existência é desnecessária. Estou neste planeta em sofrimento, mas sem razões aparentes para tal. 
 Porém essas razões pequenas são o meu mundo, sem elas não tenho nada.

Não devia ter insistido ou concordar em continuar. Faz tão pouco sentido. Não somos nada. Surgimos através do álcool e erva, com isto nada ficou. Apenas sinto arrependimento, não devíamos ter estado juntos.

Apesar de não querer, não posso terminar. Se o assim fizer ele "nunca" mais me fala, e com razão. Agora não sei. já estamos definidos.
É ver o que acontece, e mergulhar no desconhecido sem grande alegria. Mas é como tudo na minha vida.