quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O tempo gasta-se por si
Ele passa na noite fria e quente sem um cumprimentar
De longe vem, de perto fica na presença daquele que mais lhe teme
Recear o tempo é absurdo, algo inatural e pouco sã
Tudo num período sem interrupção se desvanece, em tão pouco tempo como em apenas nove meses nascemos.

Abri os olhos ao infinito, presente no sadio
Sanidade que me falta,  que me troca as palavras e de pouca certeza é criada a efemeridade desta vida.

Aquilo que desperta, de longe parece do bem, cria comigo laços e cresce como quem quer viver
Deixo a certeza pairar, descanso, com ela diminuta hesitação é sentida.

Deixo poucos entrarem, deixo e vejo partir na constatação do embriagado
Vão embora aqueles que ingressaram na vitalidade, num reduzido espaço de tempo
Na paisagem menos bucólica e esperançosa, ficam os precaves que é viver na longínqua mágoa de querer.